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Operação “afeta” negócios e até a máfia procura traficantes que atiraram em PM

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A operação policial para prender os traficantes acusados de dilacerar a perna direita do subtenente Carlos Alberto dos Santos Aragaki com tiro de fuzil já afeta os negócios do crime organizado. Ainda não há números oficiais, mas é visível a redução nas apreensões de drogas e de contrabando nos últimos nove dias nas estradas de Mato Grosso do Sul.

Sufocadas pela forte presença policial nas principais saídas de cargas ilícitas do território paraguaio, as próprias organizações criminosas estariam atrás dos envolvidos no tiroteio ocorrido na madrugada do dia 16 deste mês no município de Antônio João.

Fontes ouvidas pelo Campo Grande News nesta sexta-feira (25) são unânimes: a Operação Presença, com 330 policiais ocupando pontos estratégicos em Ponta Porã, Antônio João, Aral Moreira e Coronel Sapucaia afeta em cheio as finanças do crime organizado.

“O objetivo da máfia é ganhar dinheiro e com a fronteira ‘fechada’, não tem como despachar as cargas de drogas e de contrabando. Até o comércio fronteiriço perde. Portanto, a prioridade dos criminosos é entregar ou eliminar o pessoal envolvido no confronto”, relatou morador da região que conhece bem os dois lados da fronteira.

Na terça-feira (22), mais 80 homens chegaram a Ponta Porã para reforçar a caçada aos traficantes acusados de atirar no policial do Bope (Batalhão de Operações Especiais). Em entrevista à rádio Império FM, do Paraguai, o oficial da PM Allison Fernando disse que a operação continua até todos serem localizados. “Não vamos sair da região enquanto os oito não forem presos.”

Boatos que circulam na fronteira revelam que dois supostos envolvidos no confronto do dia 16 já teriam sido mortos em território paraguaio, mas até agora os corpos não apareceram. Na linha internacional, entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul, é comum pessoas desaparecerem e nem mesmo os restos mortais serem encontrados.

Dois negam – No dia 17, o Bope divulgou cartaz com a foto e o nome de sete supostos envolvidos no confronto – Bernardo Daniel Rojas Cuesto, Adilson Rodrigo Gimenez Esteche, Jorge Rodrigo Montiel Velila, Simão Pedro Lopes Vaz, Paulo Denis Martinez Recalde, Walter Abel Lopes Mareco e Joelson Benitez Medina.

Entretanto, dois já negaram as denúncias. Paulo Denis Martinez Recalde se entregou à delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã no domingo (20) e foi solto no dia seguinte.

Ontem, Jorge Velila, 29, também negou participação no crime. Em entrevista à rádio Urunde’y FM, de Pedro Juan Caballero, ele disse ter provas de que estava em casa, em Cruce Bella Vista, no Paraguai. Jorge prometeu se entregar à polícia, mas admitiu que tem medo de ser assassinado.

 

– CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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