Para incentivar a população a doar sangue, a Prefeitura de Campo Grande mobilizou servidores da Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU) para apoiar a Campanha Nacional do Junho Vermelho, ação que incentiva a prática com o objetivo de manter os estoques dos hemocentros pelo Brasil. A atividade foi realizada nesta quarta-feira (21), no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho.
“É uma ação de reflexão com a sociedade, para levar informação, desmistificar alguns tabus que ainda persistem no pensamento das pessoas. Doar sangue é uma atitude que não tem preço, mas que tem muito valor, pois salva vidas. Não tem outra forma de apoiar pessoas que precisam de sangue a não ser por meio da doação. O mês de junho é alusivo ao Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho, mas a doação é necessária todos os dias. É uma ação que deve ser ininterrupta”, avalia a subsecretária da SDHU, Thais Helena Vieira.
Nesta manhã, servidores das sete coordenadorias da SDHU se espalharam pelas ruas em uma ação de abordagem aos motoristas durante o sinal fechado para a entrega de panfletos informativos sobre doação de sangue. Parte do grupo levou faixas com mensagem de conscientização e fizeram abordagem direta aos pedestres que transitavam no entorno da Praça Ary Coelho.
“A campanha também se faz importante no mês de junho, quando há uma queda no número de doação devido a chegada do inverno, que começou nesta quarta feira. Os doadores temem sentir dor devido ao frio e dão uma sumida dos Hemocentros. Doar sangue é um ato de solidariedade. Cada doação pode salvar a vida de até quatro pessoas”, frisou Marcos Ribeiro, coordenador do Núcleo Psicossocial e Jurídico da SDHU e organizador da ação.
Bancos de Sangue
Mayra Franceschi, gerente de Relações Institucionais do Hemosul, confirma que realmente há baixa de doação de sangue nesta estação do ano. “Infelizmente, devido ao tempo seco característico do nosso inverno em Campo Grande, muitos doadores ficam com a imunidade baixa, outros têm problemas respiratórios e acabam por deixar de doar, o que deixa nosso estoque em defasagem. Precisamos de 180 a 200 voluntários/dia para manter nosso atendimento sem escassez. Por isso, redobramos os pedidos durante a Campanha Junho Vermelho, para que possamos atingir pessoas que podem ser novas doadoras e manter quem já é em atividade junto ao Hemosul”, explica.
Ainda segundo a Gerência de Relações Institucionais, nesta quarta-feira ainda há uma baixa de 30% no estoque de sangue. Hoje a grande preocupação do Hemosul é com as tipagens O+ e O-. “Precisamos com urgência desses tipos sanguíneos, precisamos produzir plaquetas que duram somente cinco dias e trata-se de uma ação imprescindível para diversas situações, principalmente em tratamentos, transfusões, doação de sangue e na gestação”.
Quem pode doar sangue?
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis. Pessoas que apresentem febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente.
Entre os requisitos para doar sangue é estar com bom estado de saúde e seguir os seguintes passos:
- Estar bem alimentado. Evite alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue.
- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
- Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
- A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres.
- O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.