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Prefeitos negociam com SED adesão a monitoramento eletrônico nas escolas

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Reunião virtual marcada para hoje e intermediada pela Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), entre prefeitos, secretários municipais de Educação e o secretário de Estado de Educação, Hélio Queiroz Daher, pode acertar o início de uma parceria entre as prefeituras do interior e a Secretaria de Estado de Educação (SED) para a utilização do Centro Integrado de Comando e Controle (Cicc) pelas escolas públicas municipais.

O Cicc foi criado para intensificar o monitoramento eletrônico das escolas e coordenar ocorrências ou ameaças que envolvam as unidades escolares para que todos incidentes sejam tratados de forma célere e integrada e que todas as medidas sejam rápidas e qualificadas, reduzindo o tempo de resposta e os riscos envolvidos.

A vigilância e o acompanhamento das escolas já são realizados pelas forças de segurança e por outras entidades. No entanto, durante um determinado período diversos órgãos da estrutura de segurança pública e educação (município, estado e União) estarão de prontidão no Cicc, que vai funcionar 24 horas por dia, no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).

Segundo o diretor-executivo da Assomasul, Rogério Rosalin, no encontro de hoje a parceria com a SED consistiria na inclusão das escolas municipais de 78 cidades do Estado – a Prefeitura de Campo Grande já aderiu ao Cicc – no serviço de videomonitoramento disponibilizado pelo governo por meio do Centro Integrado de Comando.

“Para aderir ao Cicc, as prefeituras serão recomendadas a investir na compra e instalação de câmeras de videomonitoramento nas escolas públicas municipais”, explicou Rogério Rosalin, com exclusividade ao Correio do Estado, completando que a reunião também servirá para detalhar melhor o novo plano de segurança nas escolas e o monitoramento eletrônico.

PLANO DE SEGURANÇA

Atualmente, as ações de prevenção e segurança nas escolas de Mato Grosso do Sul contemplam unidades das redes públicas e particulares de Campo Grande e do interior. Para atender ocorrências e denúncias envolvendo as unidades escolares, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), realiza o monitoramento eletrônico e o acompanhamento dos casos por meio da sala de situação que funciona no Ciops.

O gabinete de gestão de incidentes no Cicc envolve a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e as guardas civis, nos municípios onde elas foram criadas, além da SED e de representantes do programa Escola Segura, Família Forte, das secretarias municipais de Educação, dos conselhos tutelares e da rede particular de ensino.

Conforme o coordenador estadual de Gestão Escolar da SED, Adalberto Nascimento, a sala de situação tem o objetivo de coletar as diversas denúncias e ameaças que as escolas de todo o Estado estão sofrendo. Ele acrescenta que, após coletar as informações, é feito o encaminhamento para as polícias Militar e Civil e o setor de inteligência que está investigando.

O trabalho conjunto auxilia na resposta aos casos e no pronto encaminhamento dos responsáveis e familiares – caso sejam crianças e adolescentes – para os devidos registros. “A SED está trabalhando diretamente com a Sejusp e todas as forças policiais para que, nesse momento que temos situação de denúncia e ameaça, elas sejam imediatamente abordadas, sejam averiguadas e solucionadas”, pontuou.

A subcomandante da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel Neidy Nunes Barbosa Centurião, esclarece que a identificação e o encaminhamento dos autores de ameaças é parte da ação conjunta. “Todos estamos atuando de forma integrada, na Capital e no interior, com a mesma técnica”, disse.

Já o secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, acrescentou que, além das ações de segurança, a participação dos pais e da família é fundamental e, por isso, a orientação é que as aulas sejam mantidas. “No dia 20 queremos que todos estejam nas escolas. Não podemos e não vamos deixar que ameaças de jovens que entram na onda da internet e que a família não está cuidando afetem a educação”, afirmou.

 

Fonte: Correio do Estado

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