Kaline Oliveira Santos, de 44 anos, foi presa pela PF (Polícia Federal) nesta sexta-feira (10), em um condomínio de alto padrão situado no Bairro Santa Fé, em Campo Grande. Ela era procurada desde 2023 por tráfico internacional de drogas e foi encontrada após operação conjunta com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Polícia Militar.
Segundo a PF, Kaline é companheira de Anderson Garcia Morinigo, apontado pela investigação como integrante do chamado “Clã Garcia Morinigo”, grupo investigado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A mulher estava foragida havia mais de um ano e usava diferentes endereços entre Mato Grosso do Sul e São Paulo.
O “Clã Morinigo” ficou conhecido em setembro de 2020, quando foi alvo da “Operação Status”, da Polícia Federal. Os três, segundo a acusação, são os ocupantes do topo do organograma do esquema milionário de transporte de cocaína. À época, bens avaliados em R$ 230 milhões, de carros a propriedades, foram sequestrados. O esquema criminoso investigado tinha como ponto principal a lavagem de dinheiro do tráfico de cocaína, por meio de “laranjas” e empresas de fachada, como construtoras, administradoras de imóveis e garagens de luxo.
A prisão, conforme apurado pela reportagem, ocorreu por volta das 13h15 no horário local, durante o cumprimento de mandado expedido pela Justiça Federal de Curitiba (PR). Ela foi levada sob escolta para a Superintendência da PF, onde será registrada a prisão.
O mandado de prisão preventiva foi emitido pela 14ª Vara Federal de Curitiba, vinculada ao TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). O documento que fundamenta o recolhimento de Kaline aponta indícios de envolvimento dela com organização criminosa, tráfico de entorpecentes e corrupção ativa e passiva. A ordem judicial tem validade até maio de 2043 e determina o recolhimento imediato da investigada a uma unidade prisional federal.
Natural de Alto Araguaia (MT), Kaline é conhecida pela alcunha de “Morena” e consta no cadastro nacional de foragidos da Justiça Federal. Segundo o mandado, ela é acusada de atuar na logística do grupo comandado por Anderson Garcia Morinigo, com funções ligadas ao transporte e à ocultação de valores.
A investigada responderá pelos crimes previstos nos artigos 33 e 35 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) e pelo artigo 2º da Lei 12.850/2013, que trata da formação de organização criminosa.
Matéria: Campo Grande News
