InícioMSPessoas com deficiência intelectual são as mais afetadas pela violência em MS

Pessoas com deficiência intelectual são as mais afetadas pela violência em MS

Mato Grosso do Sul é uma das regiões do País com maiores taxas de violência contra PCDs (Pessoas com Deficiência), segundo dados do Atlas da Violência 2025. As pessoas diagnosticadas com deficiência intelectual são as mais afetadas, com taxas variando entre 49,7 e 111,0 notificações por 100 mil habitantes.

Esse índice está entre os mais altos do País para esse grupo em particular. Além de Mato Grosso do Sul, outros estados como Santa Catarina, Goiás, Paraná, São Paulo e Espírito Santo também apresentaram uma concentração acentuada de notificações dentro da mesma faixa.

Outro dado preocupante diz respeito às taxas de violência contra pessoas com deficiência física, que variaram entre 15,9 e 59,6 notificações. Já entre as pessoas com deficiência visual, os índices ficaram entre 8,0 e 27,7, também considerados elevados em comparação com outras regiões.

Figura mostra taxa de notificações de violências contra PCDs por 100 mil habitantes.

O Atlas da Violência ainda aponta que pessoas com deficiência auditiva apresentaram as menores taxas no Estado, mas, mesmo assim, os números estão entre os mais altos do Brasil: entre 5,5 e 22,3 notificações por 100 mil habitantes.

Dados nacionais

Em nível nacional, a violência contra PCDs no contexto doméstico foi a mais frequente, totalizando 11.344 registros. Em seguida, aparece a violência comunitária, com 4.831 ocorrências. O tipo misto, que reúne casos com autores de mais de uma das categorias, mal classificados ou de outros tipos, contabilizou 3.221 notificações, enquanto a violência institucional registrou 617 casos.

Entre os diferentes tipos de deficiência, as pessoas com transtorno mental foram as mais afetadas pela violência doméstica, com 5.259 registros, seguidas pelas com deficiência física (1.909) e múltipla (1.870).

Além disso, os maiores percentuais de violência doméstica foram observados entre pessoas com deficiência física (66%) e visual (59,7%). Já a violência comunitária foi mais comum entre pessoas com deficiência intelectual (29,3%), enquanto aquelas com deficiência física apresentaram a menor incidência nesse contexto (17,4%).

As mulheres foram as principais vítimas em todas as categorias de violência, sendo a doméstica a mais recorrente. Dentro desse grupo, a maioria dos registros (4.321) envolveu mulheres com transtorno mental.

A análise dos dados por tipo de deficiência (intelectual, física, auditiva e visual) reúne notificações do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) de 2013, conduzida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Matéria: Campo Grande News

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