Sequestrado por guerrilheiros paraguaios na fronteira com Mato Grosso do Sul em outubro de 2016, o pecuarista Félix Urbieta teria sido assassinado três anos depois pelos seus algozes. A informação foi revelada à família do produtor rural por Lourdes Teresita Ramos, integrante do EML (Exército de Mariscal López), grupo terrorista responsável pelo sequestro.
Nesta sexta-feira (21), as filhas de Félix Urbieta concederam entrevista coletiva na propriedade da família, em Horqueta, departamento de Concepción. No dia em que o pecuarista completaria 75 anos de idade, Liliana e Norma leram uma carta de homenagem ao pai e cobraram respostas do governo paraguaio.
Filha de Alejandro Ramos, fundador do EML após divisão do EPP (Exército do Povo Paraguaio), Teresita foi presa por militares paraguaios na zona rural de Horqueta, no sábado (15).
Durante a entrevista coletiva, as filhas de Félix Urbieta contaram ter conversado com a guerrilheira. Teresita teria revelado que o pecuarista foi fuzilado pelos terroristas e sepultado numa cova rasa, em área de mata na mesma região onde foi sequestrado.
Nesta quinta-feira (20), equipes da Polícia Nacional e do Ministério Público do Paraguai fizeram buscas na região onde o corpo teria sido enterrado, mas nenhum vestígio foi encontrado. Teresita alegou não ter participado nem presenciado a morte de Félix Urbieta porque estava grávida na época.
“Teresita é uma vítima de seus pais, não guardamos rancor dela”, disse Liliana Urbieta, afirmando acreditar que a guerrilheira tenha sido sincera nas informações sobre o pecuarista sequestrado.
Matéria: Campo Grande News