Preso nesta sexta-feira (26) pela Polícia Federal, o narcotraficante Douglas Kennedy Lisboa Jorge, 51, o “Biggie”, morava em uma casa de alto padrão em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.
Foragido há 26 anos e com passado ligado ao narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, Douglas Lisboa vivia na fronteira com identidade falsa.
Quando percebeu a chegada da PF em sua porta, hoje cedo, ele destruiu vários dispositivos eletrônicos e se trancou em um bunker blindado construído na residência. Depois de muita conversa, decidiu se entregar.
Na casa, onde o foragido morava com a família, os policiais federais apreenderam celulares, tablets, uma pistola com dois carregadores, notas de dólares e reais e um facão artesanal.
“Biggie” foi preso no âmbito da Operação Hideout, deflagrada pela PF com participação do Centro de Cooperação Policial Internacional da Polícia Nacional do Paraguai e do Centro Integrado de Operações de Fronteira.
Foram cumpridas três ordens de busca em Pedro Juan Caballero e o mandado de mandado de busca e apreensão na casa de Douglas Lisboa, alvo de dois mandados de prisão.
O traficante estava foragido desde novembro de 1998, quando escapou, junto com outros cinco presos, da Cadeia Pública de Vila Branca, em Ribeirão Preto (SP). Para fugir, eles cavaram túnel de um metro e meio sob o muro da cadeia.
Segundo a PF, Douglas “Biggie” Lisboa foi um dos grandes traficantes da década de 90, especialista em introduzir, no território brasileiro, remessas de drogas oriundas de outros países da América Latina. Também foi alvo de duas operações da Polícia Federal – Andorra em 2001 e Estone, em 2003.
Cabeça Branca
Ex-sócio de Douglas Lisboa no tráfico de cocaína, Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, fugiu da polícia brasileira por 30 anos até ser capturado no dia 1º de julho de 2017 em Sorriso (MT).
Com o rosto modificado por cirurgias plásticas, “Cabeça Branca” levava vida modesta e discreta na cidade mato-grossense. Atualmente, aos 64 anos de idade, cumpre pena superior a um século de condenação, no Presídio Federal de Catanduvas (PR).
FONTE: CAMPO GRANDE NEWS