Episódio de racismo foi registrado dentro de campo na partida entre Náutico e Portuguesa na quinta-feira (29), no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande. O jogador da Lusa, Vinícius Machado, foi a vítima do crime, que partiu de um policial militar.
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Conforme o clube, o caso aconteceu após uma decisão da arbitragem em relação à falta sofrida pelo jogador David, no primeiro tempo. Os ânimos dos jogadores se exaltaram e parte da equipe da Polícia Militar entrou em campo.
Segundo a Lusa, com a justificativa de conter os jogadores que estavam em desacordo sobre o lance, uma das autoridades se referiu ao zagueiro Vinícius Machado de forma intimidadora, utilizando termo racista.
No momento da discussão, o PM puxa o jogador pelo braço para retirá-lo do campo e foi questionado sobre o atleta. Depois, relatou o ocorrido ao delegado da partida.
Ao voltar para o campo, o policial começou a ameaçá-lo: “Eu acho você onde você estiver aqui, vou lá no vestiário e pego você”. O jogador questionou porque estava sendo ameaçado e o PM respondeu, sacando as algemas: “Eu te dou voz de prisão. Você está me desacatando. Eu te prendo nego”.
O momento foi presenciado pelos colegas jogadores, outros PMs e torcida presente. Inclusive, o zagueiro solicitou ser substituído, pois não estava apto a continuar a partida.
Investigação
O jogador e a equipe jurídica foram ouvidos na Corregedoria Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul na manhã desta sexta-feira (1°) e a ocorrência registrada.
“O corpo jurídico da Associação Atlética Portuguesa está tomando as medidas extrajudiciais e posteriormente as judiciais cabíveis, repudiando veemente as atitudes desabonadoras tomadas em campo por aqueles que deveriam impedir qualquer ato que contraria o princípio moral e dos bons costumes”, afirma o advogado da Lusa Helton Celin.
O time divulgou nota de repúdio. “É inadmissível que, dentro de campo, atletas e quaisquer outros presentes fiquem suscetíveis à discriminação, mesmo diante daqueles que deveriam zelar, acima de tudo, pela preservação da dignidade e dos direitos inerentes ao ser humano”, traz o texto.
O caso foi registrado na Corregedoria como Ameaça e Injúria Racial. O caso também será registrado na Polícia Civil.
Fonte: Jornal Midiamax