Pai e filho são suspeitos de invadirem uma residência, em Selvíria, a 404 km de Campo Grande, e espancarem Jeferson Benedito Lopes Mota, de 32 anos. Socorrido com fraturas no crânio, o rapaz não resistiu e morreu. As agressões ocorreram no sábado (25) e a morte de Jeferson foi constatada na terça-feira (28) no Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas.
O caso foi registrado em boletim de ocorrência como “homicídio qualificado por motivo torpe,” e já é investigado pelas autoridades. Os suspeitos do crime, pai e filho, tem 44 e 22 anos, respectivamente. Até o momento, ninguém foi preso.
A esposa de Jeferson, a cabeleireira Alana Vitória dos Santos, de 26 anos, contou ao Campo Grande News sobre os momentos que antecederam a agressão. Segundo a mulher, Jeferson a ajudava naquele dia a atender uma cliente em casa. “Comecei a atender uma cliente e chegou um rapaz que a gente não tinha amizade com ele”.
Jeferson teria questionado o motivo de o rapaz ter entrado na casa sem ao menos ter pedido licença. “Ele não gostou do jeito que meu marido falou e já quis brigar. Aí eu e meu marido tiramos ele de casa”, lembra. Alana afirma que pouco tempo depois, o mesmo rapaz retornou acompanhado do pai. “Entraram correndo dentro da minha casa e já começaram a agredir meu marido”.
A mulher tentou separar e foi imobilizada por um dos suspeitos. “Ele ia me esfaquear e minha cliente tomou a faca, então eu saí correndo”, conta. “Quando olhei para trás, vi eles dando duas pauladas na cabeça do meu marido. Com medo, eu saí correndo pedindo socorro e me escondi”.
Ao perceber que os suspeitos haviam deixado o local, Alana retornou para casa, encontrando Jeferson bastante ferido. “Estava com a cabeça toda inchada, bem debilitado e não conseguia falar mais”. Jeferson foi socorrido e levado ao Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas. “Ficou em coma induzido e ele não voltou. Fizeram alguns testes e falaram que provavelmente teria dado morte cerebral”, lamenta.
A morte do rapaz foi constatada pelo hospital na terça-feira. Exame de tomografia mostrou que Jeferson teve diversas fraturas no crânio com múltiplos focos de hemorragia.
Alana ainda tenta entender os motivos para o crime. “A gente não tinha rixa com esse pessoal, fica sempre essa pergunta no ar, por que que eles fizeram isso? Por que que eles mataram meu marido dessa forma? Ele era uma pessoa trabalhadora, que não mexia com a vida de ninguém, é muito injusta a morte”, lamenta.
FONTE: CAMPO GRANDE NEWS