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Polícia faz sétima grande apreensão de cocaína no ano em Paranaíba

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Na tarde da última segunda-feira (14), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou mais uma grande apreensão em Paranaíba, município localizado a mais de 700 quilômetros das fronteiras com a Bolívia e o Paraguai.

Desta vez, foram retidos 119 kg de cocaína, que eram transportados em um caminhão Volvo/FH12. Em nota, a PRF informou que o caminhão chamou a atenção por utilizar pneus em mau estado de conservação, e acrescentou ainda que o motorista apresentou nervosismo durante a abordagem.

Na fiscalização dos estepes, os policiais notaram que eles apresentavam um peso incomum, e contaram com a ajuda de um borracheiro para abrir os pneus. Dentro deles, encontraram os tabletes de pasta base e cloridato de cocaína.

O condutor disse ter recebido a carreta em Campo Grande (MS) e deveria entregá-la em Minas Gerais.

O preso, a droga e o caminhão foram encaminhados à Polícia Civil em Paranaíba (MS).

Esta é a segunda apreensão feita pela PRF nesta mesma região em menos de uma semana, e a terceira em vinte dias. Apenas neste curto período, foram interceptados 698 kg da droga.

Sétima grande apreensão

Nos oito meses que já se passaram, esta é a sétima vez que a PRF intercepta um grande carregamento de cocaína na BR-158, em Paranaíba. Até agora, foram descobertas 1,9 toneladas do entorpecente.

O município está localizado na divisa com Minas Gerais, a 410 quilômetros de Campo Grande, mas, como todos estes carregamentos provavelmente saíram de países vizinhos, eles percorreram distância muito maior. Entre Ponta Porã (Paraguai) e Paranaíba são 730 quilômetros. De Corumbá (Bolívia) até a divisa com Minas Gerais são 840 quilômetros e pelo menos uma dezena de postos de fiscalização das forças policiais federais e estaduais.

A primeira importante descoberta do ano na região de Paranaíba aconteceu em 13 de março, quando foram interceptados 217 quilos. No mês seguinte, em 25 de abril, os policiais encontraram 484 quilos de cocaína em meio a um carregamento de carne resfriada. Eles só romperam o lacre da carga, segundo informou a PRF à época, depois de detectarem peso diferente ao que constava na nota fiscal.

No dia 22 de maio, no mesmo local, foram 393 quilos de pasta base de cocaína, que estavam no meio de uma carga de madeira. À época,  o motorista disse que estava vindo de Mato Grosso e levaria a droga até São Paulo.

Em 18 de junho, outros 180 quilos foram descobertos próximo ao posto da PRF de Paranaíba. Esta descoberta, conforme a PRF, ocorreu porque o caminhoneiro teve problemas em um pneu e os agentes se ofereceram para prestar auxílio. Por causa do nervosismo do condutor, acabaram fazendo uma vistoria e descobriram as drogas.

Há vinte dias, em 27 de julho, agentes interceptaram um carregamento de 431 quilos de cocaína nessa mesma rodovia, a BR-158, em Paranaíba. Conforme noticiado anteriormente, o caminhão chamou a atenção dos policiais porque apresentava problemas no sistema de iluminação. Durante a entrevista, o caminhoneiro afirmou que o caminhão estava vazio, mas apresentou nervosismo, e por isso os policiais decidiram fazer uma vistoria mais minuciosa no veículo, e encontraram várias malas recheadas com os tabletes de cocaína.

Na manhã a última quinta-feira, 10 de julho, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 148 kg de pasta base de cocaína, que era transportada em um caminhão que carregava sucata. Na abordagem, os policiais desconfiaram de informações passadas pelo motorista, e decidiram realizar uma vistoria, que confirmou a presença de tabletes de cocaína em meio ao carregamento.

NÚMEROS RECORDES

Em menos de oito meses, Mato Grosso do Sul já tem o ano recorde em apreensão de cocaína nas rodovias federais do Estado. De janeiro a julho de 2023, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já apreendeu 10.824 kg do entorpecente, 96 kg a mais do que o apreendido em 2022, ano em que foram interceptados 10.728 kg da droga.

O ano passado já havia sido um ano recorde em comparação com os anos anteriores. Em 2021, foram 5.201 kg apreendidos, e em 2020, primeiro ano que se tem registro no Observatório de Dados da Polícia Rodoviária Federal, foram interceptados 5.041 kg do entorpecente.

Se compararmos os anos de 2020 e 2021, podemos notar um certa estabilidade. Entre 2021 e 2022, tivemos o primeiro “boom”, com aumento de 106% na quantidade apreendida.

Ao que tudo indica, em 2023 teremos o segundo “boom” da apreensão de cocaína em Mato Grosso do Sul.

 

Fonte: Correio do Estado

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