As redes sociais foram um dos fatores que ajudaram na identificação das irmãs foragidas, Juma Yara de Souza Silva, Maria Aparecida de Souza Silva e Maria Eduarda de Souza Silva, segundo informações da polícia. O delegado responsável pelas investigações, Jackson Frederico Vale, afirmou que as três suspeitas ostentavam os produtos dos furtos na internet.
Após a polícia divulgar as imagens delas como foragidas, as mulheres excluíram os perfis pessoais. No entanto, o delegado explicou que, durante as investigações, elas postaram vídeos e fotos em diversas cidades do Brasil.
Jackson acredita que as irmãs, aliadas à outras duas mulheres ainda não identificadas, agiram em pelo menos seis estados brasileiros desde o início de 2023.
“As investigações dão conta que elas estão viajando por todo o país, e de que estão fazendo pelo menos uma cidade de cada estado por mês, desde o início do ano”, afirmou Jackson.
Segundo a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), as suspeitas são naturais do estado de São Paulo, onde também possuem diversas passagens por furto.
Furtaram R$ 211 mil em produtos
Apenas em Mato Grosso do Sul, o prejuízo ultrapassou os R$ 200 mil. De acordo com a Derf, elas chegaram em Campo Grande no dia 15 de junho e partiram para São Paulo no dia 17, pegando um ônibus na rodoviária da capital.
Nos dias 16 e 17 de junho, as três irmãs e outra mulher que ainda não foi identificada, são suspeitas de praticarem dois furtos em lojas do Shopping Campo Grande e Norte Sul Plaza. No primeiro dia, a quadrilha teria levado 117 óculos de uma rede de produtos importados, causando prejuízo de R$ 176 mil. No dia 17, as criminosas teriam levado 21 aparelhos celulares, avaliados em R$ 35 mil
A Derf assumiu as investigações uma semana depois dos furtos e afirma ter conseguido refazer o trajeto das três mulheres na capital do MS. Com as provas, a delegacia representou pela prisão preventiva das irmãs Juma, Maria Aparecida e Maria Eduarda, que foi decretado pelo Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.
Modo de agir
Para o delegado da Derf, as investigações mostraram que as irmãs viajam de ônibus, ou carro, para diversos estados, praticando os furtos em lojas de shoppings. Elas se hospedam por cerca de três dias nas cidades e vão até shoppings. Nos locais, a polícia afirma que elas identificam as lojas que vendem produtos de alto valor e que possuem portas que fecham por controle remoto.
Conforme Jackson com as lojas marcadas, elas se vestem com roupas similares aos uniformes das vendedoras e aguardam os estabelecimentos fecharem. Assim que um funcionário aciona o controle remoto para fechar as portas, a suspeita é de que elas decodificam o sinal com a ajuda de um dispositivo eletrônico, “roubando” o código que eles emitem.
Com o código das portas em mãos, elas abrem a loja e uma delas entra na loja para pegar o maior número de produtos.
No dia 28 de julho, as três irmãs teriam sido flagradas pelas câmeras de segurança do shopping Palladium em Umuarama, no Paraná, praticando furto à uma loja de eletrônicos com o mesmo modo de atuação, segundo a polícia. A Polícia Civil de MS informou que repassou as informações da investigação para o Paraná, a fim de auxiliá-los nas investigações.
A polícia também afirma que as criminosas podem ter agido nos últimos meses em Marília (SP), Porto Alegre (RS) e Olímpia (SP).
Agora, a DERF atua em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo e de outros estados para encontrá-las.
Qualquer informação sobre o paradeiro de Juma Yara de Souza Silva, Maria Aparecida de Souza Silva e Maria Eduarda de Souza Silva pode ser repassada à Derf através do telefone (67) 3368-6600 ou Whatsapp (67) 99986-0295.