Um dos principais instrumentos de planejamento urbano e ambiental da Prefeitura de Campo Grande, a Carta Geotécnica completa 32 anos neste mês agosto. O documento técnico descreve as características geotécnicas de uma determinada área, como informações sobre o solo, as rochas, a água subterrânea e outros elementos geológicos relevantes.
Com sua primeira edição publicada em 1991, foi elaborada no período de fevereiro de 1989 a agosto de 1990 e é um dos principais orientadores ao uso e ocupação do solo e desenvolvimento de legislações, como Plano Diretor e Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo, além de ser uma ferramenta voltada ao planejamento ordenado e sustentável.
Segundo os estudos desenvolvidos para a revisão e atualização da Carta Geotécnica, este foi um projeto pioneiro em Campo Grande, aplicado ao perímetro urbano. O projeto de elaboração da Carta Geotécnica iniciou com a instituição de um grupo de trabalho junto à Secretaria Municipal do Planejamento à época, por meio da então Unidade de Planejamento Urbano (Planurb), sob a coordenação da geógrafa Aparecida Lopes de Oliveira, visando um estudo mais completo das condicionantes do meio físico para direcionar o uso e ocupação do solo. Além da Prefeitura de Campo Grande, também trabalharam na elaboração da Carta Geotécnica, órgãos e instituições da esfera municipal, estadual e federal, que contaram com o apoio técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).
A Carta também contribui para o planejamento urbano seguro, com orientação da ocupação adequada do território, evitando áreas de risco; fornece informações importantes para a construção de infraestruturas, levando em conta as características do solo e promove o desenvolvimento sustentável; fornece dados para tomada de decisões sobre o uso e ocupação do solo.
A última atualização da Carta Geotécnica foi em julho de 2020, quando trouxe avanços em sua nova edição que abrange a área urbana e de expansão definida pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Campo Grande, com uma escala de obtenção de dados aprimorados, além de incorporar informações sobre o meio físico, utilizando tecnologias modernas de mapeamento e geoprocessamento.