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Comércio e serviços continuam impactando na geração de novos empregos em Campo Grande

A edição de dezembro do Boletim Econômico de Campo Grande, editado pela Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), mostra que o PIB de Campo Grande é responsável por quase 40% do montante estadual de comércio e serviços. Os dados estaduais divulgados pelo Banco Central e IBGE indicam um bom cenário para a economia campo-grandense.

Nos últimos 12 meses, as atividades comerciais e de serviços do MS vêm apresentando crescimento superior a 5,0%. “Os números apresentados em 2022 demonstram que a atividade econômica de Campo Grande vem crescendo de forma consistente, o que se reflete na geração de novos postos de trabalho e de novas empresas”, afirma Adelaido Vila, secretário da Sidagro.

Apenas no mês de novembro, 1.026 novos postos de trabalho foram criados em Campo Grande, com destaque para o comércio, com 679 novas vagas preenchidas, um setor que tradicionalmente observa uma aceleração nas contratações nos últimos meses do ano. Merece destaque o fato de 32 estrangeiros (a maioria venezuelanos) terem conseguido se inserir no mercado de trabalho formal nesta capital.

Francis Madelaine Washington Bermúdez é venezuelana e conseguiu trabalho neste ano de 2022. Ela trabalha em um depósito de uma rede de supermercado.

“Aqui eu recebo os alimentos, chega tanto comida seca quanto congelada. Aí separo e encaminho para as lojas conforme o pedido. Estou muito grata por estar trabalhando e poder ajudar no sustento da minha família. Meu sonho é trazer meus pais para cá, para que eles também possam ter melhores oportunidades”.

Thiago Fidel Cordova Sanchez, outro trabalhador com carteira assinada, comemora a oportunidade de melhoria de vida. “Esta é a primeira vez que trabalho com a carteira assinada. Esta oportunidade de trabalhar em uma rede grande provocou uma mudança muito boa na minha vida”. Ele enaltece também a ajuda que teve da Prefeitura. “Como eu nunca havia tido um emprego formal, era muito difícil. Mas com ajuda e apoio da Prefeitura (Funsat), deu certo tudo. Estou muito agradecido e agora sou capaz de me sustentar por conta própria”.

BOM CRESCIMENTO

É importante ressaltar que o 2º semestre de 2021 marcou a reabertura progressiva de diversos setores econômicos no Estado e no País, levando o crescimento de setores como o comércio e os serviços para patamares acima dos 10%. Para o ano de 2022, estimativas preliminares da Sidagro indicam que o PIB do Município de Campo Grande deve crescer, em termos reais, entre 4,0% e 5,0%, impulsionado pela recuperação dos setores de serviços e comércio, além do bom desempenho da construção civil.

Mesmo com cenário desafiador, o número de empresas ativas (com fins lucrativos) teve crescimento de mais de 13% entre 2020 e 2022 e superou as 117 mil. Este crescimento se refletiu na geração de novos postos de trabalho, que acumulam saldo de quase 32 mil no mesmo período. De janeiro a novembro, Campo Grande se posiciona em 8º lugar entre as capitais que mais cresceram seu estoque de empregados com carteira assinada, gerando 14.391 novas vagas. De acordo com a PNAD/IBGE, Campo Grande possui a segunda menor taxa de desemprego entre as 27 capitais, de 5,1%, menor que o número registrado no 1º trimestre de 2020 (período pré-pandemia).

Desde o pico da pandemia da Covid-19 em julho de 2020, Campo Grande já criou 32,5 mil novos postos de trabalho (destes, quase 14,4 mil apenas neste ano) com destaque para a construção civil, além de 14 mil novas empresas.

“A atividade econômica aquecida e as boas perspectivas para o agronegócio também têm levado Campo Grande a bater recordes mensais em seu comércio internacional, ultrapassando os US$ 1,27 bilhão de dólares anuais”, destaca José Eduardo Corrêa dos Santos, superintendente de Fomento à Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Sidagro.

A atividade econômica municipal, estadual e nacional vem apresentando trajetória de desaceleração. Isso decorre da base de comparação elevada com o 2º semestre de 2021, período de reabertura de diversos setores e de retomada econômica mais acelerada. A inflação elevada no 1º semestre de 2022, quando atingiu picos de 12% ao ano, também impactou fortemente no consumo das famílias, gerando uma desaceleração mais forte nos setores comerciais. As recentes desonerações tributárias em produtos-chave da economia, como combustíveis e energia, aliada ao acréscimo nos valores destinados ao Auxílio-Brasil devem gerar estímulo à atividade econômica no curto prazo, o que tem levado o mercado financeiro a elevar as expectativas de crescimento para o Brasil em 2022. Para Campo Grande, um crescimento econômico próximo a 5% é esperado para este ano.

Para 2023, a Sidagro irá aguardar a condução da política econômica do novo governo, antes de divulgar novas estimativas.

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