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Advogado é preso na porta de presídio com droga 100 vezes mais forte que maconha

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Um advogado foi preso, na manhã desta quarta-feira (17), ao tentar passar pela revista do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”, em Campo Grande, com 633 papelotes que parecem ser de K4, droga sintética 100 vezes mais potente à maconha. Os papeizinhos alaranjados, produzidos em laboratório, estavam escondidos no cós de uma calça jeans.

De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o flagrante ocorreu por volta das 10h15, durante a revista nos pertences levados pelo profissional para ser entregue das internas.

Ainda conforme relatado por policiais penais da unidade prisional, o advogado tentou fugir, mas foi capturado por equipe do GEP (Grupamento de Escolta Penitenciária) e chegou a agredir um dos servidores.

Após a detenção do suspeito, a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso do Sul) foi chamada para acompanhar a ocorrência.

O advogado foi levado para a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), onde policiais penais também entregaram as imagens do videomonitoramento do presídio e o entorpecente, que passará por teste para a constatação para confirmar que se trata da droga sintética.

Segundo a Agepen, este não é o primeiro flagrante de entorpecentes sendo entregues em meio aos pertences de detentas por advogados no presídio feminino. Em março deste ano, drogas foram encontrados escondidas em potes de desodorantes, com nove invólucros contendo maconha e cocaína. Já em setembro do ano passado, os servidores flagraram um advogado tentando entregar porções de maconha escondida dentro de um tubo de creme dental.

Também não é a primeira tentativa de introduzir a K4 em presídios de Mato Grosso do Sul. No sábado passado, dia 13, visitante tentou entrar com 478 pontos da droga sintética na Penitenciária Estadual de Dourados, mas foi pego durante a revista de pertences.

Não faz muito tempo que a K4 foi descoberta, inicialmente por cientistas do Departamento de Perícias Laboratoriais do Instituto-Geral de Perícias de Porto Alegre (RS), e depois foi identificada circulando em estabelecimentos penais de São Paulo. De acordo com especialistas, a droga produz efeitos semelhantes aos da maconha, mas tem potencial alucinógeno 100 vezes maior.

 

– CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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