A diretora do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Rosana Leite de Melo, foi nomeada como secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, criada em maio pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (17). A portaria com a nomeação de Rosana foi assinada pelo ministro de estado chefe da da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos e publicada no Diário Oficial da União.
Para assumir o cargo, a diretora do Hospital referência no combate ao coronavírus no Estado, precisou ter autorização da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), onde é servidora da Faculdade de Medicina.
A autorização também foi publicada no Diário no último dia 15. Com isso, Rosana deixa a direção do hospital e assume a pasta do Ministério da Saúde. Pasta esta que seria comandada pela infectologista Luana Araújo, anunciada para assumir o cargo, mas dez dias depois, o governo federal anunciou que ela não exerceria a função.
Luana teve o nome rejeitado e apresenta posicionamento diferente ao da Presidência da República. Em um post criado há um ano em um blog que mantém para combate à fake news sobre a pandemia, a infectologista é enfática ao rebater o uso da cloroquina no tratamento da covid-19, medicação defendida fortemente pelo presidente da República Jair Messias Bolsonaro (sem partido). Rosana Leite de Melo possui residência em cirurgia geral e em oncologia. Ela está na direção do HRMS desde novembro de 2019.
Maior lotação de UTIs do país
Mato Grosso do Sul é destaque nacional na vacinação contra Covid-19 e é um dos dois estados com mais segundas doses aplicadas. No entanto, o Estado possui a maior taxa de ocupação de leitos do Brasil. Os dados foram apresentados pela OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) ainda nesta quarta-feira (16) e aponta 104% de superlotação nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) gerais do Estado.
Nos últimos sete dias, foram 102% de ocupação desses leitos. Em todo o Brasil, MS é a única federação que atende pacientes além da capacidade hospitalar. Vale lembrar que até a terça-feira (15), MS havia enviado 37 pessoas para tratamento da Covid-19 em outros estados. Devido à superlotação dos leitos, o Estado adotou o envio de pessoas infectados com quadros graves que estão na lista de espera para vagas de UTIs.
Nos leitos clínicos, foi registrado 74% de taxa de ocupação na última terça-feira (15). Já nos últimos sete dias, foram 79% de lotação nestas instalações. Até 15 de junho, o relatório aponta que 1.018.833 haviam tomado a primeira dose de vacinas em MS. Dessas, 390.487 estavam imunizadas com a segunda dose também. Assim, o Estado já usou 97% das doses que o Ministério da Saúde enviou.
Ainda no relatório, foi destacado que a vacinação das duas doses contra Covid-19 segue suspensa em Campo Grande. Na cidade, 336.069 tomaram a primeira dose e 137.601 receberam o reforço vacinal. No total, a Capital usou 98% das doses que recebeu por distribuição da SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Fonte: Midiamax