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Escama de peixe: cocaína apreendida em operação é mais forte e mais cara

A droga conhecida como “escama de peixe”, apreendida durante a Operação Facilem Vitam (Vida Fácil), deflagrada na segunda-feira (3) pela Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos), é mais forte e de alto valor, chegando a custar R$ 7 mil mais cara que a comum.

Conforme o delegado Hoffman D’Ávila, titular da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), é comum a apreensão desse tipo de entorpecente no Estado. Apesar de os dados divulgados não determinarem a pureza da droga, houve aumento de apreensão de cocaína em MS.

De acordo com o setor de estatística da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), somente no primeiro mês deste ano foi apreendido 1,6 tonelada do entorpecente, quase 100% a mais do que registrado no mesmo período do ano passado, quando foi localizado pouco mais de meia tonelada.

O delegado explicou que a escama de peixe é uma droga do tipo exportação, a textura dela é diferenciada em relação às outras, principalmente pela forma como se esfarela ao ser manuseada, semelhante às escamas de peixe. Não é uma cocaína que fica em pó, mas em pedaços, não se quebra, nem se dissolve.

“Ela é muito forte. Aqui no Brasil o quilo da cocaína comum é vendido entre R$ 18 mil e R$ 20 mil, enquanto que a escama de peixe custa em torno de R$ 25 mil, ou seja, R$ 7 mil mais cara.  “No centro-sul do País, o valor dobra”, disse.

A droga com maior grau de pureza é mais cara porque, a partir das misturas feitas em laboratórios clandestinos, pode render até 10 vezes mais por quilo. A escama de peixe é conhecida pelos efeitos intensos e de um alto potencial de dependência. O uso desse tipo de entorpecente traz sérios riscos à saúde, como aumento da frequência cardíaca, risco de infarto e acidente vascular cerebral.

Operação

Na ação de segunda-feira, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, 15 em Campo Grande e dois em Corumbá. Segundo o delegado responsável pelo caso, Pedro Pillar, as investigações começaram após a prisão de um dos suspeitos, no fim do ano passado. Foi necessária a quebra de sigilo bancário e análises de telefones, pois todos os envolvidos ostentavam uma vida luxuosa e não possuíam qualquer vínculo empregatício.

Durante a operação, os policiais encontraram armas de uso restrito e de grosso calibre, como metralhadoras, submetralhadoras e fuzis, mais de R$ 20 mil em cédulas de dinheiro e a cocaína do tipo escama de peixe, considerada a mais pura e cara do mercado.

 

Matéria: Campo Grande News

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