A operação deflagrada nesta segunda-feira (23), pela Delegacia de Polícia Civil de Bela Vista, teve 20 mandados, sendo 10 de busca e apreensão e 10 de prisão. Uma pessoa acabou presa em Campo Grande e outro mandado foi cumprido em um presídio da Capital.
Ao todo, a polícia prendeu sete pessoas. A operação contou com apoio do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro), da Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira), e das delegacias de Jardim, Nioaque e Porto Murtinho.
Ainda segundo o delegado responsável pela operação, Renato Fazza, a investigação durou pelo menos seis meses. Assim, a polícia investigou os responsáveis pela distribuição de drogas na região. Também identificou os envolvidos em execuções de traficantes ligados à facção rival, Comando Vermelho (CV), e outros crimes associados à organização criminosa.
Os sete presos são indivíduos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Houve ainda apreensão de drogas e dezenas de aparelhos celulares. Durante a ação, as equipes prenderam um dos suspeitos em flagrante por tráfico de drogas.
Como os criminosos agiam
Segundo a investigação, os presos desempenhavam funções essenciais na logística do tráfico de drogas, sendo peças-chave para a articulação da facção criminosa na fronteira. Desta forma, a polícia afirma que a operação representa um avanço significativo na estratégia de combate ao crime organizado no estado.
“Essa operação em larga escala reforça o compromisso da Polícia Civil em enfrentar todas as modalidades de crimes, especialmente os mais graves, promovendo mais segurança e tranquilidade à sociedade”, destacou o delegado Eudenir Soares, responsável pela execução da operação.
A investigação começou em agosto de 2024, após crimes de roubo de motocicletas praticados por integrantes de uma facção criminosa em Bela Vista.
Um dos autores do roubo se intitulava ‘disciplina’ da facção PCC em Bela Vista. Ele exercia influência sobre vários outros pretensos membros da Orcrim, inclusive menores de idade e pessoas que estão presas.
Ainda segundo a polícia, o grupo estaria aliciando outros membros. Eles também estariam praticando os crimes de roubo e tráfico de drogas, além de planejarem homicídios de integrantes do CV, facção rival.
Esses presos na operação devem responder pelos crimes de integrar organização criminosa, homicídio, roubo majorado e tráfico de drogas majorado pelo envolvimento de menores.