Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, em ação conjunta com outros estados, cumpriu mandados de busca e apreensão e mandados de prisão contra uma quadrilha especializada no “golpe do falso frete” e em lavagem de dinheiro.
A operação mobilizou cerca de 150 policiais e abrangeu diversas cidades, incluindo Chapadão do Sul e Campo Grande. Neste, um casal foi preso na manhã de terça-feira (26), de forma preventiva, no bairro Universitário, região sul da cidade.
A maior parte dos mandados foram cumpridos, porém, no Estado de São Paulo, onde se originou a investigação, nas cidades de Ipaussu, Itapeva, Santa Cruz do Rio Pardo, Taquarituba, Itaberá, Farturae Assis. Além disso, pessoas residentes nos municípios do Paraná também estão envolvidas, como em Londrina.
A operação faz parte da segunda fase da Operação Falsus, que visa desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes no transporte de cargas, especialmente de grãos, e pela lavagem do dinheiro obtido com os crimes.
Entre os investigados estão duas advogadas suspeitas de colaborar com a organização criminosa, facilitando a lavagem de dinheiro. As investigações apontam que a quadrilha se utilizava de uma plataforma on-line de frete para cadastrar motoristas e caminhões, simulando o roubo das mercadorias durante o transporte. Após o falso roubo, apresentavam boletins de ocorrência falsificados e desviavam as cargas para empresas receptadoras.
As investigações tiveram início em junho de 2023, quando uma carga de soja foi desviada de sua rota, gerando um prejuízo estimado em R$ 10 milhões. A quadrilha contava com a participação de pelo menos 10 motoristas, que usavam os veículos dos líderes do esquema criminoso.
Além dos mandados de prisão e apreensão, quatro empresas de grãos localizadas em São Paulo também são alvos de busca e apreensão por envolvimento em receptação das cargas furtadas. Ao todo, 19 pessoas foram identificadas, e os envolvidos respondem por furto qualificado, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e organização criminosa.
Essa é a segunda fase da Operação Falsus. A primeira foi desencadeada em março deste ano e resultou na condenação de seis pessoas em primeira instância pela Justiça paulista. As diligências seguem em andamento.
Fonte: Correio do Estado