Foi publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (6) a determinação de sigilo externo, para que imprensa ou a população tenham acesso aos autos ou elementos de informação, em caso de assédio sexual respondida pelo ex-prefeito Marcos Trad. O pedido foi feito pela defesa do acusado, assim como a absolvição sumária que ainda será analisada.
Conforme a publicação, somente representantes cadastrados conseguirão consultar os autos na íntegra. “Diante da manifestação defensiva, comprovando acesso a informações do processo, por terceiros e segredo de justiça já estabelecido para assegurar o direito à intimidade dos envolvidos – réus e vítimas – determino que o presente feito tramite também sob sigilo externo”, diz o texto.
A defesa do ex-prefeito fez o pedido após vazamento de informações das investigações. As advogadas Rejane Alves de Arruda e Andréa Flores também entraram com a petição de absolvição sumária de Marquinhos, mas ainda será analisada.
Réu – A investigação foi aberta após as primeiras acusações, feitas por quatro mulheres: duas de 32 anos, outra de 31, e uma mais jovem, de 21 anos. Os casos teriam ocorrido a partir de 2003. Marquinhos Trad admitiu relações extraconjugais, mas negou crime. A responsável pelo caso foi a delegada Maíra Pacheco, adjunta da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Depois que se tornou candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, denúncias feitas por pelo menos 16 mulheres chegaram à delegacia. Algumas denúncias foram arquivadas e três inquéritos policiais trancados por determinação judicial.
Além do depoimento das vítimas e oitiva com testemunhas, atrás de provas, a Deam fez duas operações – no dia 9 de agosto, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Paço Municipal, e no dia 31, quando o ex-servidor da Prefeitura de Campo Grande, Victor Hugo Ribeiro Nogueira da Silva, de 36 anos, foi preso. Ele estaria coagindo vítimas a mudar os depoimentos à polícia.
Fonte: CG News