InícioCapitalUsuários de drogas “depenam” imóvel e vizinhos reclamam de casa abandonada

Usuários de drogas “depenam” imóvel e vizinhos reclamam de casa abandonada

Casa que está à venda há mais de dois anos na Avenida das Bandeiras, no Bairro Jóquei Clube, foi invadida e depenada por dependentes químicos em situação de rua. Os vizinhos, a maioria comerciante, reclamam que a situação está prejudicando quem vive na redondeza.

Conforme apurado pela reportagem, há pouco mais de 6 meses o imóvel avaliado em R$ 490 mil foi invadido por usuários de drogas. O dono não mora em Campo Grande e tenta vender o terreno, que é comercial, por R$ 350 mil.

Proprietária de salão na região há dez anos, a cabeleireira Lucilei Santana, de 58 anos, disse que a casa virou ponto de objetos furtados, roubados, de lixo e entulho. “Eles andam armados com faca, passam por aqui com carrinho cheio de objetos e escondem dentro da residência. Você pode perguntar para qualquer comerciante daqui, todo mundo vai reclamar”, lamentou.


Portão social já foi retirado pelos invasores (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo a mulher, já perdeu e continua perdendo clientes por causa da movimentação dos dependentes químicos no bairro. “Quando mando a localização, a pessoa vê que fica na região da Vila Nhanhá e ninguém quer vir. Já fui furtada quatro vezes aqui. Coloquei alarme e agora pretendo colocar grade para evitar invasões”, desabafou.

Conforme o empresário Rodrigo Calabrez, de 39 anos, também comerciante na redondeza, o dono do imóvel  já foi avisado e disse que pretende demolir a casa. Já levaram portão, janelas, portas e até parte do telhado. “Além disso, eles [os dependentes químicos] usam a casa para guardar objetos furtados. As pessoas têm medo de passar por aqui. Isso atrapalha a movimentação dos comércios”, destacou.

Indagada sobre o atendimento e internação de dependentes químicos em situação de rua na Capital, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) respondeu por meio de nota que são feitos todos os dias atendimento à população de rua nas sete regiões da Capital.

“As equipes buscam sensibilizar a pessoa abordada sobre o risco social que se encontra, oferecendo o acolhimento institucional ou encaminhamento para tratamento da dependência química em Comunidades Terapêuticas”.  Segundo a secretaria, existem 11 comunidades, vinculadas à pasta, que dispõem de 300 vagas para tratamento da dependência química, porém o abordado tem por opção aceitar ou não o acolhimento.

A reportagem também questionou a PM (Polícia Militar) sobre a segurança na região e aguarda retorno.

 

Fonte: CG News

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