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Promotores paraguaios criticam absolvição de líder do PCC envolvido na morte de Léo Veras

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Logo após a decisão da Justiça em absolver Waldemar Pereira Rivas, também conhecido como ‘Cachorrão’, pela morte do jornalista Léo Veras, o Ministério Público do Paraguai fez críticas à Justiça, nesta quinta-feira (3). Os questionamentos dizem respeito à forma como o processo foi conduzido.

“O Ministério Público (…) manifesta a sua preocupação de que os casos de alta complexidade não sejam julgados nos Tribunais Especializados na matéria, permitindo a impunidade para os casos de Crime Organizado “, diz um trecho da nota divulgada pelo MP.

Segundo o órgão, o caso não deveria ser tratado e deixa subtendido que o crime organizado continua impune, uma vez que as investigações sobre a morte de Léo Veras foram iniciadas pelo promotor Marcelo Pecci, assassinado na Colômbia.

Durante o júri, a principal testemunha disse em plenário que não podia contar muita coisa, já que nem a fisionomia dos autores viu no dia do assassinato. A testemunha revelou, apenas, que viu um carro de cor branca fugindo do local.

‘Cachorrão’ foi preso no dia 1º de maio daquele ano, em Pedro Juan Caballero, por agentes da polícia paraguaia. Durante o julgamento, foi incluído pelo Ministério Público o laudo técnico da perícia do celular de Waldemar Pereira Rivas.

O aparelho foi apreendido na cela de ‘Cachorrão’, no presídio. Também foi verificado que o Jeep Renegade, de cor branca, usado na execução do jornalista, era de propriedade de ‘Cachorrão’.

Execução de Léo Veras

Léo estava em casa, jantando com a família, quando o grupo invadiu o local, na noite do 12 de fevereiro de 2020. Um dos autores ficou no veículo modelo Jeep Grand Cherokee usado no transporte, e outros três realizaram o ataque.

Logo ao levar os primeiros tiros, Léo correu para os fundos da residência, uma área escura, na tentativa de se proteger, mas foi perseguido. Lá, os criminosos terminaram de matá-lo com o total de 12 disparos.

Em seguida, o amordaçaram. Vídeos do local do crime divulgados logo após o assassinato mostram um pano branco, ensanguentado, que foi usado para tapar a boca do jornalista.

 

 Jornal Midiamax

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