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Prefeitura e Governo garantem R$ 54 milhões para solucionar crise financeira na Santa Casa

A Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande vai receber pelo menos R$ 54 milhões em 2026 para dar fim à crise financeira que se instalou no hospital nos últimos meses. O anúncio foi feito no fim da noite desta segunda-feira (29) pela prefeita Adriane Lopes (PP).

“A gestão da Santa Casa não é do município, mas recentemente passou por crises e falta de recursos, e a greve dos médicos afeta diretamente, e dos funcionários, a população de Campo Grande. Diante desse cenário, nós estamos repassando o recurso novo”, afirmou Adriane em publicação nas redes sociais.

A partir de 2026, o hospital vai receber mais de R$ 54 milhões em repasses, que somam verbas da Prefeitura, do Governo do Estado e emendas parlamentares da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional

O acordo foi feito após reunião hoje entre representantes do Estado, município e Santa Casa com o MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul).

Salários atrasam e categorias param Santa Casa de Campo Grande

Na última semana, a crise financeira levou enfermeiros e servidores do setor administrativo a deflagrarem greve em protesto contra o atraso do 13º salário. Além dos médicos, outros profissionais de serviços essenciais da unidade reivindicam melhorias nas condições de trabalho.

Os trabalhadores rejeitam a proposta da Santa Casa de parcelar o pagamento em três vezes, entre janeiro e março de 2026. No entanto, na terça-feira (23), os enfermeiros aceitaram a proposta da Santa Casa que encerrou a paralisação. Conforme a proposta do hospital, o pagamento de 50% do décimo terceiro ocorreu em 24 de dezembro, e o restante será efetuado no dia 10 de janeiro de 2026.

O CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) emitiu nota alertando para o risco iminente de desassistência na Santa Casa, diante da falta de insumos, medicamentos e profissionais. O documento foi encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde, à Vigilância Sanitária, ao Ministério Público e ao Jurídico do Estado.

Já o MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) defende que a Justiça do Trabalho autorize a penhora de bens e valores da ABCG (Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande) e, de forma subsidiária, do patrimônio dos integrantes da diretoria, para garantir o pagamento do 13º salário dos médicos.

Segundo o MPT-MS, a Santa Casa é reincidente no descumprimento de obrigações trabalhistas e responde a pelo menos seis ações civis públicas relacionadas a salários, férias, 13º e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O órgão reforçou que os riscos da atividade econômica devem ser suportados pelo empregador, ou seja, não podem ser transferidos aos trabalhadores.

Fonte: Jornal Midiamax

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