InícioSidrolândiaMais uma prefeitura de MS vira alvo de operação do Gaeco

Mais uma prefeitura de MS vira alvo de operação do Gaeco

Depois de operações recentes que revelaram esquemas de corrupção nas prefeituras de Sidrolândia e Terenos, nesta quarta-feira policiais militares e promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de Mato Grosso do Sul) foram às ruas em busca de provas que envolvem supostas fraudes em Miranda.

Além de fazerem buscas em Miranda, policiais e integrantes do MPMS estão nas ruas de Campo Grande e de Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (01) em busca de provas que supostamente devem comprovar fraudes em licitações públicas.

O comando do Ministério Público ainda não se manifestou oficialmente sobre a operação, mas integrantes da operação que estão nas ruas informaram que a ação seria para tentar desmantelar um esquema de fraudes na aquisição de equipamentos de informática envolvendo órgão público municipal de Miranda, sem entrar em detalhes sobre as supostas fraudes.

Em Campo Grande, promotores e policiais estão desde o começo da manhã na loja Zornimat, na Avenida Afonso Pena, recolhendo documentos e computadores. O advogado Nilton Júnior, que acompanha  o cumprimento dos mandados de apreensão, informou que a empresa não participa de nenhuma licitação pública e que não teve acesso a nenhuma informação sobre os motivos que levaram a loja a ser alvo do Gaeco.

Os funcionários foram todos dispensados, mas depois que os policiais e promotores deixarem o local, a loja vai abrir para atendimento ao público, garantiu o advogado.

Outros integrantes da operação estão em uma loja de produtos de informática na Rua Rio Grande do Sul, a Infomaster. No local também estão sendo apreendidos documentos e computadores .

Em Sidrolândia, segundo o site O Regional, o alvo são endereços ligados ao empresário Pedro Ruano, como a Paulo Freire Livraria, localizada em frente à praça Porfírio de Brito, e a Paulo Freire Instrumentos Musicais, que funciona na Avenida Durvalino dos Santos.

Além de policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e do Choque, ambos da Polícia Militar do Estado, essa operação contou com apoio operacional do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC).

Operação Copertura

Batizada com o termo de origem italiana, a “Operação Copertura”. traduz-se como “cobertura” em referência à “artimanha comumente utilizada por organizações criminosas especializadas em fraudes licitatórias”, segundo o MPMS em nota.

Por meio dessa “cobertura” para que determinadas empresas vencessem licitações municipais, estima-se que a organização criminosa atuou em Miranda pelo menos desde 2020, quando começou o mandato do prefeito do Partido Social Democracia Brasileira (PSDB), Edson Moraes.

Cabe destacar que, nas eleições de 2024, houve troca no comando do Executivo de Miranda, com o mandato de prefeito indo parar na mão do também candidato “tucano”, Fabinho Florença, após um pleito em que conseguiu 60,43% dos votos válidos.

Conforme o MPMS, a fraude sistêmica de licitações dos mais diversos produtos em Miranda tinha o conluiou de empresários, figuras essas que apresentavam propostas e orçamentos que contavam com a atuação de agentes públicos.

Sendo que algumas empresas sequer possuíam sede própria ou funcionários registrados, esses nomes conseguiam vencer licitações para oferta dos mais variados produtos, como: 

  • Materiais de construção,
  • Materiais de escritório,
  • Gêneros alimentícios,
  • Produtos de limpeza,
  • Informática,
  • Kits escolares, etc.

Esses envolvidos podem responder pelos seguintes crimes: organização criminosa; fraude em licitações; corrupção ativa e passiva; lavagem de dinheiro, entre outros delitos correlatos.

Matéria: Correio do Estado

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