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Após estuprar aluna em festa de república, professor da UFMS é condenado e afastado

Um professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), foi afastado de suas atividades após ser condenado por estuprar uma estudante durante uma festa universitária em uma república de Campo Grande. O caso ocorreu em 2016, mas só veio à tona após o professor ser condenado pela Justiça.

Procurada pela reportagem, a defesa da vítima relatou que foram as amigas da acadêmica, que na época tinha 22 anos, que a incentivaram a procurar a delegacia para relatar o abuso sofrido pelo professor do curso de biologia. O caso corre em segredo de Justiça e a condenação foi proferida em 1ª instância, cabendo recurso por parte do réu.

O crime aconteceu em 2016, quando alunos comemoravam o fim do calendário acadêmico da pós-graduação, durante uma confraternização em uma república de estudantes. Na festa, o professor abusou da aluna, que estava embriagada e desorientada quando foi violentada.

A reportagem não conseguiu contato com o professor até a última atualização desta reportagem.

Professor continuou trabalhando

No período do processo nenhum procedimento administrativo foi aberto pela UFMS e o professor continuou exercendo a profissão normalmente. A defesa da estudante disse que a universidade foi procurada logo após o abuso, mas nenhum procedimento administrativo foi aberto. Depois que a condenação ser divulgada, a instituição se pronunciou nesta terça-feira (12), por meio de uma nota informando o afastamento do professor.

“A reitora, mediante sentença proferida pela Justiça Estadual, determinou hoje o afastamento preventivo de professor lotado no Instituto de Biociências e constituiu Comissão de Processo Administrativo Disciplinar para a completa apuração de responsabilidade do servidor, sob supervisão da Corregedoria da UFMS”, diz a nota.

A UFMS disse ainda que a decisão se baseia no parecer da Procuradoria Federal da UFMS, exarado na data de 12 de março, e revisa o ato administrativo de agosto de 2016 que havia definido pela não apuração dos fatos pela UFMS à época.

Quase 10 anos depois

A defesa da estudante detalhou que as provas apresentadas durante o percurso do processo, além dos relatos das testemunhas que estavam na festa, ajudaram a Justiça a entender o crime. Quase 10 anos após o crime, a estudante, que não teve a identidade revelada, faz acompanhamento psicológico.

“A Justiça analisou toda essa estrutura processual, a parte material das provas, da oitiva das testemunhas e foi muito assertiva em trazer a presença do estupro de vulnerável. Isso vai criar um ambiente que vai estimular outras vítimas. A vítima até hoje passa por tratamento psicológico, teve que reorganizar toda a vida, toda a rotina. A família teve que acompanhá-la, porque ela não conseguia nem exercer a profissão”, pontuou a advogada.

Fonte: G1 MS

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