InícioSaúdeOs sinais de autismo que são notados na fase adulta

Os sinais de autismo que são notados na fase adulta

O diagnóstico de autismo na vida adulta tem sido cada vez mais debatido, especialmente nas redes sociais. Vídeos de especialistas e relatos de pessoas autistas ajudam a identificar sinais do transtorno, principalmente entre as mulheres, que muitas vezes passam despercebidas na infância e adolescência.

Autismo e a descoberta tardia

Embora o autismo seja uma condição do neurodesenvolvimento presente desde o nascimento, muitas mulheres só recebem o diagnóstico na vida adulta. Estudos indicam que aproximadamente 80% das mulheres autistas descobrem essa condição após os 18 anos. Isso acontece porque os sinais podem ser sutis e diferentes dos estereótipos tradicionalmente associados ao transtorno.

A falta de diagnóstico precoce e a influência do gênero

Historicamente, os critérios diagnósticos do autismo foram baseados em estudos com meninos, deixando de fora características mais comuns em mulheres. Como resultado, muitas acabam passando a vida sem um diagnóstico adequado.

Além disso, muitas pessoas autistas aprendem a “mascarar” seus comportamentos para se adaptar às expectativas sociais. Esse esforço consciente para parecer neurotípico pode atrasar ou até impedir que os sinais do transtorno sejam identificados precocemente.

Sentimento de ser diferente

Um relato frequente entre adultos autistas é a sensação constante de ser diferente dos outros. Esse sentimento, que persiste desde a infância, não se trata apenas de momentos de insegurança, mas de uma percepção contínua de não se encaixar socialmente.

Muitas vezes, a pessoa autista sente que precisa se esforçar mais para interagir com os outros, o que pode gerar frustração e desgaste emocional. Esse sentimento de alienação é um dos fatores que levam muitos adultos a buscarem um diagnóstico.

Interesses intensos e específicos

Outro aspecto característico do autismo na vida adulta é o envolvimento profundo com determinados temas. Esses interesses especiais não são simples hobbies, mas verdadeiras paixões que trazem conforto e satisfação emocional.

Pessoas autistas frequentemente direcionam suas conversas para esses temas, pois são fontes de prazer e segurança. Esses interesses podem variar de áreas amplamente conhecidas, como literatura ou animais, até tópicos extremamente específicos e pouco convencionais.

Desafios nas interações sociais

Embora muitos adultos autistas desenvolvam habilidades sociais ao longo da vida, essas interações nem sempre acontecem da maneira esperada. Algumas dificuldades comuns incluem evitar contato visual, não compreender expressões faciais e ter dificuldades para interpretar regras sociais implícitas.

Para lidar com isso, muitos recorrem ao mascaramento, um esforço contínuo para imitar comportamentos neurotípicos. No entanto, essa prática pode ser exaustiva e levar à ansiedade e ao esgotamento emocional.

A importância da rotina

A previsibilidade e a estrutura do dia a dia são fundamentais para muitos autistas. Mudanças inesperadas podem causar desconforto e ansiedade, tornando a rotina uma ferramenta essencial para o bem-estar emocional.

Manter uma organização consistente ajuda a reduzir o estresse e proporciona maior segurança no dia a dia. Pequenas mudanças podem ser difíceis de lidar, impactando diretamente o humor e a produtividade.

Solidão como forma de recuperação

Após longos períodos de interação social ou exposição a ambientes estimulantes, muitos autistas sentem a necessidade de se retirar para recarregar as energias. Esse tempo de isolamento não é sinal de falta de interesse em socializar, mas sim uma forma essencial de recuperação.

O esforço para se adaptar socialmente pode ser desgastante, e momentos de descanso são fundamentais para manter o equilíbrio emocional e evitar crises de estresse.

A importância da conscientização

A descoberta do autismo na vida adulta reforça a necessidade de ampliar o conhecimento sobre o transtorno, especialmente suas manifestações em mulheres. Um maior entendimento sobre essas características pode contribuir para diagnósticos mais precisos e para a criação de ambientes mais inclusivos.

Ao dar visibilidade às diferentes formas de expressão do autismo, é possível promover mais aceitação e apoio para que todos possam viver de forma mais autêntica e confortável.

Diagnósticos de autismo aumentaram

O número de diagnósticos de autismo tem crescido, especialmente entre adultos, segundo a matéria. Esse aumento se deve à maior conscientização e a critérios mais amplos de identificação do transtorno. Mulheres, em especial, enfrentam desafios para obter um diagnóstico preciso, já que costumam mascarar sinais desde a infância.

Fonte: Catraca Livre

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