A CCR MSVia, empresa responsável pela administração da BR-163 em Mato Grosso do Sul, arrecadou R$ 229,276 milhões em pedágios no ano passado. O montante é 27,8% maior que 2023, quando foram registrados R$ 179,458 milhões.
Os dados fazem parte do Relatório da Administração, divulgado pela concessionária, nesta sexta-feira (7). A concessionária é criticada por descumprir o contrato, como é o caso da falta de duplicação na rodovia.
A justificativa é de que a alta na arrecadação se deve pelo aumento de tráfego e reajuste tarifário aplicado em agosto do ano passado.
O faturamento bruto ficou em R$ 302,928 milhões e toda a receita líquida ficou em R$ 272,239 milhões. A folha de pagamento bruta finalizou o ano custando R$ 68,139 milhões.
Os custos e as despesas totais aumentaram 12,3%, alcançando o valor de R$ 489,949 milhões, devido às obras de recuperação de pavimento.
Durante o ano passado, foram investidos R$ 20,756 milhões em obras, equipamentos e veículos. O montante, se adicionado aos R$ 9,233 milhões realizados em 2023, perfazem o montante de R$ 1.868.861 realizados em 10 anos de implementação do plano de investimentos da concessionária.
O relatório também mostra que, no ano passado, foram registrados 1.758 acidentes, sendo que 71 foram com mortes. Já no ano passado foram 1.704.
Além disso, no ano passado, 19.527.731 veículos passaram pela rodovia, sendo 10.651.331 leves; 292.717 motos; 8.030.168 caminhões; e 47.992 ônibus.
Contrato
O contrato de concessão da rodovia foi assinado em 11 de março de 2014 e tem duração de 30 anos.
A BR-163, com 845 km de extensão, passará por uma revisão do modelo econômico-financeiro e do programa de exploração da rodovia, buscando melhorias na infraestrutura e na mobilidade. O plano de repactuação aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) prevê intervenções pontuais de duplicação em trechos estratégicos.
Deste total, 200 km já estão duplicados. Com o novo modelo, estão previstos mais 200 km de duplicação e mais 198 quilômetros de terceira pista, que devem ser realizados, pelo menos, 70% em 3 anos.
Até 2028, o valor por 100 km em pista simples passará de R$ 7,52 para R$ 15,13, em etapas anuais. Em 2025, o custo será de R$ 10,60, subindo para R$ 12,60 no ano seguinte, até alcançar a tarifa final.
Matéria: Campo Grande News