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Mãe e padrasto são condenados a 52 anos de prisão pela morte e abuso sexual da menina Sophia de 2 anos

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Stephanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim foram condenados nesta quinta-feira (5) a penas somadas de 52 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato e abuso sexual de Sophia O’campo, de apenas 2 anos, filha e enteada dos réus, respectivamente. O caso aconteceu em janeiro do ano passado e teve seu desfecho após dois dias de julgamento.

Stephanie foi sentenciada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, contra menor de 14 anos e homicídio doloso por omissão. Christian recebeu uma pena de 32 anos por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra menor de 14 anos, além de estupro de vulnerável.

O Julgamento

Durante o julgamento, que durou dois dias, a promotoria apresentou fotos dos ferimentos da menina e troca de mensagens feitas entre o casal no dia da morte de Sophia. Testemunhas, tanto de defesa de Stephanie quanto de Christian, além de investigadores que atenderam a ocorrência também foram ouvidos.

Christian Campoçano, ao ser interrogado, chorou ao lembrar de Sophia e negou ter abusado sexualmente da enteada. “Eu a considerava uma filha”, declarou, quando questionado pelos advogados. Ele admitiu ter problemas com drogas, reconheceu que o relacionamento com Stephanie era conturbado e marcado por brigas, mas não a acusou pela morte da menina.

Stephanie de Jesus da Silva também chorou durante o julgamento. Em seu depoimento, ela alegou que vivia um relacionamento abusivo com Christian, que tinha medo de pedir separação e não sabia das agressões sofridas pela menina.

“Eu não amava, eu ainda amo minha filha e sempre vou amar. Ela sempre foi tudo pra mim, ela era minha base, minha fortaleza, meu tudo. E sem ela eu não tenho nem mais vontade de viver. Já tentei acabar com minha vida e ate escrevi uma carta de suicídio porque não tem mais sentido viver a minha vida”, disse.

O caso

Sophia Jesus Ocampos, de 2 anos, morreu no dia 26 de janeiro de 2023. Ela foi levada já sem vida pela mãe à UPA do Bairro Coronel Antonino. Segundo o médico legista, o óbito havia ocorrido cerca de sete horas antes.

Em depoimento, a mãe confirmou que sabia que a menina estava morta quando procurou a unidade de saúde. O laudo de necropsia do corpo da menina, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical e confirmou que Sophia foi estuprada.

A declaração de óbito aponta que a causa da morte foi por um trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O documento ainda diz que a menina sofreu “violência sexual não recente”.

As idas de Sophia à unidade de saúde eram frequentes. O prontuário médico da menina consta que ela passou por 30 atendimentos médicos em unidades de saúde da capital, uma delas por fraturar a tíbia.

Fonte: G1 MS
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