O ex-prefeito de Anastácio, Douglas Melo Figueiredo e dois policiais militares foram alvos de uma operação do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Militar nesta sexta-feira (17), que investiga a morte do suplente de vereador Wander Alves Meleiro, conhecido como Dinho Vital, de 40 anos.
Douglas Figueiredo foi alvo de mandado de busca e apreensão, mas acabou preso em flagrante por possuir armas em casa sem autorização. Já os dois policiais militares – Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e Bruno César Malheiros dos Santos – foram alvos de prisão e busca e apreensão.
Os dois assumiram o crime em depoimento, mas alegram legítima de defesa. Por isso, desde o dia 8 de maio aguardam o desenrolar do caso em liberdade. Nesse tempo, segundo o advogado Lucas Arguelho Rocha, foram afastados das funções por “recomendação médica”.
“Como estão muito abalados psicologicamente, passaram por consulta com a psicóloga da corporação, a qual indicou o afastamento para tratamento”.
O caso
Dinho Vital, 40 anos , ex-vereador de Anastácio (MS) e suplente do vereador Professor Aldo (PDT), foi morto por dois policiais militares que estavam de folga, na tarde de quarta-feira (8), na BR-262, após uma briga generalizada durante a festa de aniversário de 59 anos da cidade.
De acordo com a Polícia Militar, os dois agentes da corporação estavam na festa, mas não cumpriam horário de trabalho. No entanto, após Dinho ser retirado da chácara onde ocorria a festa, depois da confusão, os militares foram comunicados que ele estava armado, informou a PM.
Ainda conforme a PM, os dois policias foram até a saída da chácara e encontraram Dinho com uma pistola, anunciaram que eram policiais e pediram que ele colocasse a arma no chão. Segundo a polícia, o suplente não obedeceu a ordem e avançou contra os militares, que dispararam.
“O homem não acatou a ordem legal dos PMs e, com arma em punho, partiu em direção aos policiais, diante do risco de vida dos policiais e de terceiros, eles efetuaram disparos contra o homem armado”, completou a PM, em nota.
Viúva presenciou disparos
A viúva do ex-vereador de Anastácio , Dinho Vital, contesta a versão dos dois policiais militares investigados pelo crime. A psicóloga Marilene Ferreira Beltrão, de 43 anos, disse, que testemunhou a morte do marido e afirmou que ele não estava armado no momento que foi atingido pelos disparos.
“Não houve confronto, ele nem viu quem matou ele, não teve chance de defesa. No primeiro tiro, ele estava olhando pra mim, ele estava bem na frente do veículo e eu acenava pra ele”, detalhou.
Fonte: G1 MS