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Falta de chuvas ascende alerta para baixo nível do rio Paraguai e para quem vive da pesca no Pantanal

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O baixo nível da águas do rio Paraguai tem ascendido um alerta para quem vive na região do Pantanal e também para aqueles que vivem da pesca. Em Corumbá (MS), a grande faixa de terra na “prainha” é um reflexo da falta de chuva da região.

“Essa época já era para estar subindo a água. A gente que mora aqui em Corumbá sabe mais ou menos o ciclo dele”, relata o pescador amador, Edimir Queiroz.

Em 2023, o pico da cheia foi de 4 metros e 24 centímetros, neste ano, no mesmo período, o registro já é de um metro a menos.

Segundo o pesquisador do serviço Geológico do Brasil, Marcus Suassuna, a situação deve continuar durante todo o ano — Foto: Fabiano do Valle
Segundo o pesquisador do serviço Geológico do Brasil, Marcus Suassuna, a situação deve continuar durante todo o ano — Foto: Fabiano do Valle

Para o pescador profissional, Alfredo dos Reis, a atual situação do nível do rio relembra a histórica seca que vivenciou entre as décadas de 60 e 70, a maior já registrada no Bioma. Segundo ele, o nível do rio, que hoje está com menos de 80 cm, impacta a vida de quem depende da pesca.

“Fica muito difícil para quem sobrevive mesmo da pesca, é muito difícil mesmo”, relatou Alfredo.

Segundo o pesquisador do serviço Geológico do Brasil, Marcus Suassuna, a situação deve continuar durante todo o ano e o Pantanal vai enfrentar mais um período de seca intensa.

“O prognostico sazonal das agências climáticas não estão indicando uma tendência de reversão desse caso. É prudente que a gente possa trabalhar com um quadro de que 2024 será um ano bem desafiador, em termos de secas”, explicou.

São as chuvas concentradas nas áreas de planalto, em Mato Grosso, que fazem o rio Paraguai subir lentamente. Para a meteorologista do Climatempo, os temporais de verão ainda devem atingir as regiões próximas a nascente do principal rio do bioma.

“Essa massa quente e úmida vai continuar predominando sobre o Brasil nesses próximos dias e provocando chuvas de forte intensidade também na região de Mato Grosso, nas áreas mais ao sul do estado, onde precisa chover para que a gente tenha elevação dos rios que formam o Pantanal”, detalhou Josélia Pegorim, meteorologista do Climatempo.

Fonte: G1MS
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