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SAS realiza reuniões para sensibilizar comunidade indígena sobre importância do Cadastro Único

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Equipes de técnicos, cadastradores e entrevistadores do Cadastro Único da Secretaria de Assistência Social do município (SAS) estão percorrendo comunidades indígenas da Capital para levar informações e falar sobre a importância de realizar e manter o cadastro atualizado para garantir o acesso aos benefícios sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família.

Mesmo aqueles que não atendem aos requisitos para o programa, podem ser contemplados por outras formas de benefício, como o Auxílio Gás, a Tarifa Social de Energia e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS). Este mês a equipe já esteve nas comunidades Novo Dia, localizada no bairro Santa Mônica e Paravá, na Vila Romana. Já nesta sexta-feira (18) será a vez das famílias que residem na Comunidade Vila Bordon receberem os profissionais.

Segundo a gerente do CadÚnico, Viviane Brandão, a capital conta com 2.074 famílias indígenas cadastradas no CadÚnico, sendo que 1.089 são beneficiárias do Bolsa Família. Ela explica que, para realizar as ações nas comunidades, foi firmada uma parceria com a Funai, que informou a quantidade de famílias existentes em cada comunidade.

“Identificamos os Cras que atendem essas comunidades e fizemos um confronto com os dados que temos para verificar quem precisa atualizar o cadastro. Depois vamos ao Cras e chamamos as lideranças indígenas para articular as reuniões. Nosso objetivo é atingir o maior número possível de famílias. A ideia é levar informação para as comunidades sobre programas e ações porque, dessa forma, também podemos ter um diagnóstico da situação de vulnerabilidade das famílias”, comentou a gerente.

Quem não pode atender ao convite para participar das reuniões está recebendo a visita das equipes do Cadastro Único, que realiza busca ativa nos territórios. O trabalho ficou mais ágil com o reforço de um novo veículo, entregue no início do mês pela Prefeitura, destinado ao atendimento das famílias que têm dificuldade de se locomover até o Cras do território. A ideia é realizar 50 visitas domiciliares por mês.

Durante as reuniões os técnicos informam sobre as regras dos programas sociais, as condicionalidades para receber e esclarecem dúvidas, principalmente sobre o Bolsa Família, que no mês de julho beneficiou 57,1 mil famílias em Campo Grande.

“O Cadastro Único é a principal porta de entrada para acesso a benefícios sociais e de transferência de renda, por isso reforçamos sempre as informações para garantir que nenhum usuário perca esse benefício. Nós trabalhamos para aprimorar e ampliar os serviços ofertados pela Proteção Social, em especial aos destinados para os povos originários”, ressaltou o superintendente de Proteção Social Básica da SAS, Artêmio Versoza.

O cacique da comunidade Paravá, Silvio Hortêncio Fialho, explica que algumas famílias têm o Bolsa Família cortado e não recorrem ao Cras para tentar resolver o problema por entender que o cancelamento é definitivo. “Essas reuniões são importantes porque é difícil para muitas pessoas irem ao Cras e algumas que têm o benefício cortado não sabem que podem resolver a situação”, disse.

Povos originários

As visitas e ações realizadas durante o mês de agosto atendem a Resolução nº 96, que instituiu o Programa de Fortalecimento Emergencial do Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único da Assistência Social (Procad – Suas).

O programa tem como princípios o fortalecimento do atendimento integral e cadastramento das famílias vulneráveis no Cadastro Único, além do atendimento prioritário das famílias pertencentes aos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE), em especial a população em situação de rua, os povos indígenas e as crianças em situação de trabalho infantil.

O Procad-Suas também objetiva a atualização e regularização dos registros dos cadastros unipessoais, por isso a importância da busca ativa.

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