Na busca de conscientizar a população e zelar pelo bem-estar animal, a Subea (Subsecretaria de Bem-Estar Animal) criou uma equipe de Monitoramento em Bem-Estar Animal, com objetivo de checar as denúncias de maus-tratos que chegam até a Subsecretaria, por meio do canal do FalaCG do 156. Durante as abordagens, os tutores são instruídos sobre as ações que podem ou não se enquadrar na condição de maus-tratos.
Segundo o veterinário Giuliano Albuquerque, muitas vezes, o tutor não se dá conta de que as ações praticadas no dia a dia podem ser enquadradas em crime. “Muitas pessoas consideram apenas como maus-tratos agressões físicas ou agressões diretas, mas, na verdade, todo e qualquer ato que prive o animal de uma de suas cinco liberdades é caracterizado como maus-tratos. Além disso, a gente tem abandonos, envenenamentos e uma série de outras práticas negativas que estamos buscando sanar”, explica.
Durante a abordagem, além da conversa com o tutor, é avaliado o ambiente em que o animal vive, se há espaço para que ele execute comportamentos naturais, se há alimentação e água, espaço e enriquecimento ambiental.
Nesta semana, durante abordagem no Bairro Nova Lima, a equipe da Subea conheceu a cadela Priscila, uma pastora alemã, de 4 anos, que, segundo denúncias, a tutora deixava perambular pelas ruas do bairro. À equipe, a tutora contou não ser a dona da cachorra, que apenas abrigava ela em casa na época do frio e que a deixava ficar na rua para ver se encontrava seu verdadeiro dono.
Sem condições para as adequações que seriam necessárias, a tutora abriu mão de Priscila, que foi encaminhada para a nova dona Ana Catarina Gutierrez, que mora em um sítio e se apaixonou pelo animal assim que o viu. “Quem me mandou foto dela foi minha nora. E meu marido, que é policial aposentado, ficou encantado quando viu a foto, ela é muito linda”, declarou.
Adaptação
A nova tutora disse que Priscila já está adaptada ao novo espaço e que já está recuperada. O médico veterinário ainda destaca que, para os tutores que adotam animais que já passaram por maus-tratos, principalmente pelo abandono, a adaptação ao novo ambiente é essencial e o primeiro passo é a paciência. “Em relação ao animal que vem de um ambiente de abandono, deve-se ter atenção ao tom de voz quando estiver com ele e com a forma de demonstrar carinho, não sabemos por tudo o que esse animal passou, é preciso pensar nisso sempre”, completa.
Monitoramento
A equipe da Subea recebe pelo menos dois casos de denúncia por dia pelo 156, realizando ações de caráter educativo. Maus-tratos contra animais é crime e deve ser denunciado às autoridades policiais competentes.




