A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (25) a Operação Flight Radar para aprofundar as investigações sobre o avião do narcotráfico apreendido no dia 10 de dezembro do ano passado no aeroclube de Fátima do Sul (a 239 km de Campo Grande).
Policiais da delegacia da PF em Dourados cumpriram três mandados de busca e apreensão em Ponta Porã (MS) e Santa Helena (PR). As ordens foram expedidas pela 2ª Vara da Justiça Federal em Dourados. A PF não divulgou detalhes dos alvos.
Em Ponta Porã mora a mulher que aparece como proprietária da aeronave. Em depoimento à Polícia Civil, ainda no ano passado, ela alegou não saber que tinha um avião registrado em seu nome, mas existe suspeita de que seja “laranja” de narcotraficantes.
Segundo a PF, o objetivo das buscas é descobrir o envolvimento de outras pessoas com o avião, apreendido após ser interceptado pela FAB (Força Aérea Brasileira) antes de pegar carga de cocaína na fronteira.
O avião Embraer modelo EMB-810C, prefixo PT-WKZ, era pilotado por André Acosta, 34. No momento em que foi preso, ainda no aeródromo, ele disse que veio a Mato Grosso do Sul para levar 300 quilos de cocaína para São Paulo, mas ao ser interrogado na delegacia acompanhado por dois advogados, ficou em silêncio.
As licenças do piloto estavam vencidas há quatro anos e desde então ele comandava aeronaves de maneira clandestina. O avião também estava suspenso para operações, segundo a Anac (Agência Nacional de Avião Civil).
Acosta foi autuado em flagrante por associação ao tráfico e por ter praticado atentado à segurança de voo por comandar aeronave com licença vencida e ainda pilotar sob influência de entorpecentes. No momento da prisão, os policiais encontraram 15 gramas de maconha nas roupas íntimas dele.
Fonte: CG News