Dificuldade para o cumprimento dos protocolos de biossegurança e a demora pela vacinação em massa influenciaram na decisão
Os crescentes casos de covid-19 levaram a Prefeitura de Naviraí, distante 370 quilômetros de Campo Grande, a suspender por pelo menos 60 dias as aulas presenciais, previstas para começar na próxima segunda-feira.
Decreto assinado pela prefeita Rhaiza Matos, nesta quinta-feira, atinge18 escolas da rede municipal de ensino, sendo 16 situadas na zona urbana e duas na zona rural. Na rede estadual de ensino, os 194.7 mil alunos matriculados na REE (Rede Estadual de Ensino) devem voltar às aulas de forma híbrida, ou seja, parte presencial e parte remota, a partir de abril, e de forma remota, a partir de segunda-feira.
A decisão do Executivo Municipal é justificada pelo exponencial aumento de casos da covid-19. “O momento é complexo e exige um esforço conjunto da gestão. Adotamos mais esta medida para que nossos alunos não sejam contaminados no ambiente escolar. Quem já enfrentou a doença ou tem alguém da família com o coronavírus sabe da importância desta medida preventiva”, explica Rhaiza Matos.
De acordo com o decreto, para o atendimento dos 7.500 alunos matriculados nas escolas do município, os coordenadores poderão utilizar métodos complementares com atividades de regime domiciliar, para que não haja prejuízo na continuidade do Ensino Público Municipal e, sobretudo, no calendário escolar.
Outros prefeitos de Mato Grosso do Sul também decidiram pela suspensão das aulas presenciais, substituindo-as por aulas remotas, como o município de Sidrolândia.
A dificuldade para o cumprimento dos protocolos de biossegurança e a demora pela vacinação em massa contra o coronavírus influenciaram nas decisões dos gestores municipais.
“Sequer temos EPIs (equipamentos de proteção individual) suficientes para cumprirmos as exigências de biossegurança. Não podemos errar neste momento em que Naviraí já enfrenta o caos na Saúde provocado pela COVID. Por isso, a decisão tomada pela prefeita Rhaiza é a mais acertada”, argumenta a gerente Tatiane Maria Morch.
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