Ao todo, seis detentos foram executados pelos seus rivais de cela
O Ministério Público do Paraguai confirmou na noite desta terça-feira (16), que pelo menos seis pessoas foram assassinadas no motim que começou por volta do meio dia e terminou no final da tarde na Penitenciária de Tacumbu, em Assunção.
Agentes penitenciários que tinham sido feitos reféns foram libertados e os presos voltaram para as celas. Ainda de acordo com as autoridades o número de vítimas pode ser maior, pois apenas uma parte das dependências do presídio foi vistoriada.
Alguns dos mortos foram decapitados e suas cabeças exibidas como troféu pelos agressores. Imagens feitas pelos próprios presos durante as execuções são chocantes e mostram a brutalidade entre os internos da maior penitenciária do Paraguai. O motim teria começado devido a transferências de presos para outras unidades penais e até para quarteis e unidades que funcionam dentro de quarteis da Polícia Nacional.
O motim foi controlado após a presença da ministra da Justiça, Cecilia Pérez, mas durante toda a tarde houve confronto entre policiais e presos e parte das instalações foram destruídas.
Uma lista contendo nomes de presos que foram morto foi divulgada pelo Ministério Público. Já foram identificados Carlos Raúl Casco Rojas, Júlio César Gonzáles Cáceres, Roberto Rios, Alexis David Miranda Candia, Fernando Ortiz Echeverria e Júlio César Shareamm Barrios.
Nesta quarta-feira (17) uma vistoria deve ser feita na penitenciária para se avaliar os danos causados pelo motim e em buscas de mais vítimas.
Sob o domínio do crime – O presídio de Tacumbu é dominado pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e abriga vários bandidos da fronteira. Apesar de ser uma das unidades prisionais mais lotadas do Paraguai, o presídio já teve até ala de luxo que era utilizada pelo traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão. A rotina do presídio também foi mostrada em um dos episódios da série “Por Dentro das Prisões mais Severas do Mundo”, da Netflix.
Com informações do Enfoque MS